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terça-feira, 16 de março de 2010

Conto - Jardim de Morte

 No céu a lua levava consigo um brilho que lhe fazia parecer doentia. Eu estava a sós comigo mesmo no jardim, contemplando-o. Havia um vulto a se mover ali na penumbra mas ludibriado pelo perfume da rosas não lhe dei merecida atenção. Apunhalaram-me duas vezes nas costas então.
 Depois de cair sobre aquela terra fofa e escura, me lembro apenas da voz um tanto afetuosa que me fez uma ultima confidência:
"Eu não quero ter que ouvir os outros,
ter que engolir seus comentários vis.
Eu tinha que fazer contra você
o abominável ato que te fiz".

-Adolfo J. de Lima

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