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Sou o eu-lírico oculto na sombra fria da palavra mais bonita.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Meu último argumento

    Eu ainda não entendi onde eu sou mau quando se sentes mal por eu argumentar em cima das falhas de tuas argumentações que exatamente por isso, por serem falhas, não valem muito diante dos meus argumentos sobre o que for ou quando for ou aonde for...

sábado, 6 de outubro de 2012

Bouquet de pétalas cinzas

  Em meio ao cinza que de verde deveria banhar o mundo o azul se desbota e se esvai, mais uma vez, a arrancar mais um pétala do meu coração de rosa através do que deveria ser mais um dia, esta penumbra que se derrama sobre o mundo... Penumbra na qual tudo se resume e se encerra.
  Talvez eu devesse me permitir amalgamar às outras sombras que se arrastam lá em baixo, em meio ao seu coletivo individualista, nestes dias de sombra e frio a frágil definição de fidelidade, de companheirismo: não mais me permitir perseguir a minha própria sombra a fim de encontrar a luz que fica para trás... Que me deixou para trás.
  Vultos vindos de todos os lugares por todas as vias rumo a lugar nenhum, a nenhum lugar que eu iria, contudo que eu deveria a fim de talvez me encontrar no meu lugar: parece causar muito mais mal do que todo o bem que desejamos toda esta história, se não uma estória, de nos pormos no lugar dos outros. Todavia  não é o que desejamos, todo o bem? Sombras não falam, não contam histórias nem criam estórias, mas se comunicam através da opacidade de seus olhares vazios; somente se arrastam umas contra as outras, sobre as outras e também através umas das outras, se consegues ver daqui de cima. 
  As rosas não sangram quando lhe arrancam uma pétala: sempre que  podem elas te sangram e te bebem e se banham nisto, se lavam do cinza que de verde deveria banhar o mundo mas não! se vai a arrancar mais um verso do meu coração de rosas... Provam para si mesmas que apesar do viverem sob o peso da penumbra continuam vivas: até que restem somente os espinhos...

06 de outubro de 2012 -- 00h 31min
João Pessoa  -  Paraíba  -  Brasil

Adolfo J. de Lima

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Meninas são malvadas


Meninas são malvadas. Aproveitam-se da inocência de nós meninos... Tiram proveito do nosso fascínio pela sua simpatia, pelo seu sorriso, e usam de nossa gentileza para regojizo próprio.
Meninas são malvadas. A maldade está toda na esperteza de vocês: por querermos ser tão bons para vocês quanto são tão belas aos nossos olhos, vocês são más por raro retribuir quando ao não atentarmos o quanto estamos maravilhados, e por tanto estarmos maravilhados, ficamos nos seus pés tentando trazer de volta o sorriso que não era para nenhum de nós, meros meninos.
Meninas são malvadas. Ou nós somos uns completos babacas, nos tornamos uns completos babacas, por vocês que raro sorriem para nós meninos por raro pedirem para tirar proveito de onde tão pouco podem usurpar. De nós, meninos.
Meninas são malvadas. E são. Contudo, somente até que o completo idiota, tomado de ira ou desespero, se veja cansado disto tudo. E as ameace...

E tudo isto inspirado em um moleque de cinco ou seis anos que bravamente brigava com duas de no mínimo sete... Contudo sempre há quem diga, tal a mãe ali presente, que ele brincava.

23 de fevereiro de 2012  -  11h 55min

Adolfo J. de Lima